sexta-feira, 18 de maio de 2012

Emília no País da Gramática (Resumo)


                                                                   

O livro Emília no País da Gramática, de Monteiro Lobato, começa com Pedrinho no sítio de sua avó, Dona Benta. Apesar de estar em férias, ela o ajuda a estudar gramática, já que o menino acha muito chato ter que decorar tantos nomes e regras.
Emília, a boneca de pano, sugere que ao invés estudar apenas pelo livro, eles fizessem uma viagem e visitassem o País da Gramática. Para isso, pedem ajuda e partem ao lombo do famoso gramático, o rinoceronte Quindim.
Na entrada, são recebidos por barulhos de vespas, os sons orais. Emília é a mais questionadora de todos e já começa a expor suas dúvidas e indignações com tantos nomes “feios”, difíceis- xingamentos, como diz- e tantas normas.
Ao longo do livro, eles visitam diversas cidades, como são chamadas as divisões dos grupos de palavras. Passam pela Portugália, onde vivem as palavras da língua portuguesa, Galópolis, de língua inglesa; pelas variações como as gírias, neologismos; visitam as que já estão morrendo e quase não são mais usadas, no Arcaísmo e vão até ao cemitério, onde se encontram as palavras latinas, que já estão mortas.
Durante o passeio, vão percebendo que por mais que haja rixas entre alguns grupos, uns se julguem mais importante que os outros, não haveria como escrever uma oração sem todas as palavras juntas. Verbos, adjetivos, substantivos, todos são tão importantes quanto e indispensáveis para a expressão do pensamento dos homens, e interpretação da realidade.
Ao longo da jornada, questionam o porquê de tantas formas diferentes de se conjugar verbos, dar aumentativo e diminutivo às coisas, se não poderiam mudar para jeitos mais fáceis.
A turma aprende também que os gramáticos não podem mudar a língua, apesar de quererem que ela pare em um certo ponto do tempo. A língua não para nunca, sempre muda e evolui e por isso, não podemos dizer que diferentes formas de falar sejam erros, mas apenas diferentes.
Após passarem por todas as classes gramaticas, pronomes pessoais, possessivos, artigos definidos e indefinidos, palavras de gente de fora, e tantas outras, cercam-se de um mistério: o sumiço do Visconde de Sabugosa e do ditongo ÃO, desprezado por apenas ajudar a formar algumas palavras.  Emília, a mais esperta, logo desvenda o mistério. O visconde sofria do coração e por isso raptou o pobre ÃO, já que tinha medo de quando alguém lhe gritava palavras assim. Faziam-no lembrar de tiro de canhão e latido de caozarrão. Emilia, então, mandou que ele devolvesse o pobre ditongo, já que ele não era da Academia Brasileira de Letras para poder mexer nas palavras. 

Análise da conversação.


H33: Roberto, 33 anos, Mecânico.
M23: Bárbara, 23 anos, Recepcionista e Estudante Universitária.
M46: Roseli, 46 anos, Dona de casa.
M17: Jaqueline, 17 anos, Estudante Universitária.
C3: Fernando, 3 anos, Estudante Infantil.

Contexto: A Caminho do shopping




Data de Realização do Vídeo: 12/05/2012.
Aproximadamente às 15h00.


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M46: Não ta tirando foto minha não né: ?
M23: Luan Santa-na já perdeu a gra-ça, já: .
M23: Ah:::, vai *** Ja-que-li-ne::: (Fala indevida)
M17: ((risos)) :
H33: O que foi amor?
M23: Ela ta tirando foto de mim...
M46: É:, vo-cê pa-ra!
M46: Tira no shopping, que lá é... ( ) / tem co::isa, é boni::to! ... osh ...
M23: Ela ta gravan-do, essa IDIOTA!
H33: (cantando) ::
H33: AAH, eu zoo, to nem ai não. (Ortografia)
M23: Ta pegando ele?
M46: Deve estar. Ele ta de costas né? ((risos)) :
M17: Cadê o Fe::?
M17: Faz assim... ( )
C3: Sinal de "Jóia" (Cinésica)
M46: Né: meu "GOTOSO:"?  (Ortografia)
C3: (Cinésica): (dança)
M46: IXI BEBÊ:! (Ênfase) ; Ixi (Ortografia)
M17: Ata:que (Ênfase) (+) (risos) [[
M23: (Cinésica) (+) (Silêncio)
H33: Se você fala/ você fala ir na confraria que era daóra... agora arcos?
M23: Confraria, eu errei!
H33: Você forçou e forçou muito!!!
M23: EU ERREI! não pode errar?
M17: Óh, vai filmar discussão hein ... (Ortografia)
M23: Gesto indevido (Cinésica)
M17: Não pode mostrar isso Bárbara...
H33: (cantando) ::
M46: É, você PA-RA! [
H33: *Sinal de "Jóia"*  (Cinésica)
M46: ((risos)) :
M46: É, eu sei quando voce vira assim... (+) (Tacêsica)
H33: *Sinal de "firmeza"*  (Cinésica)
M17: (Cinésica) ; (Silêncio)
M17: Bá?
M23: *Manda beijo* (Paralinguagem) (+) *Gesto com a mão* (Cinésica)
M17: *** merda* (Fala indevida)
H33: Caminhão filha da *** (Fala indevida)
M23: O que foi?
M46: O que foi?
H33: Caminhão... ( ) Cato em você também Jaqueline?
M17: CATOO!!! (Ênfase) (+) ((risos))
H33: Em mim / em mim cato bem no olho! ...
M17: *** (Fala indevida)
M17: Terra mano... (Ortografia)
M46: Iiixi ... (Alongamento de vogal) ::
H33: O caminhão, voo uma par de terra mano... (Ortografia)
M46: (Risada) :::
M23: (Riso discreto) (+) (Silêncio)
M17: NOSSA! (Ênfase)
H33: FOI UMA CHORRADA DE TERRA (Ênfase)
M46: (Risada) ::
M17: Só não entrou no meu ouvido por que tem cabelo.
C3: O tia olh/  olha na minha roupa...
M17: ham? (Ortografia)
C3: Olha aqui na minha roupa...
C3: *Se esconde* ((Vergonha))
M17: ((risos)) :
C3: *Se esconde* ((Vergonha))
M46: [[ Mês que vem é aniversário da Elena... E vai ser a noite!
M23: (Fala Ininteligível)
M46: Ham? (Ortografia)
M23: Vai ser em bifê de novo né?
M46: É/ éé... (Alongamento de Vogal) ::
H33: Vamos ver, se der "nóis vai", né vida? (Ortografia)
M46: Sempre eu pego/ pego/ ...
M23: [[ Você se arrependeu da outra vez
M46: [[ Eu acho que vai ser na Dom Pedro...
M23: [[ Né?
H33: [Eu vou ir
M33: Foi voce que se arrependeu ...
H33: [[ Se ela convidar Roseli ... fala que a gente vai!
M46: NÃO ( ) Ela vai convidar sim! , ainda mais agora que eu tô solteira! (risos) :
M23: Hein? hein mor? (Ortografia) Você que se arrependeu da outra vez de não ter ido né?
H33: Eu não me arrependo de nada vida!
M23: Não/ você falou que a gente devia ter ido da outra vez ...
H33: [ Não/ falei que a gente devia ter ido, mas não me arrependo de nada!
M23: AH, Vai *** mor ... (Fala Indevida)
M46: [[ E vai ser a noite!
M23: Vou quebrar sua cara Jaqueline. (+) Sinal com a mão apontando. (Cinésica).
M46: A gente pega ooo... (Alongamento de vogal) :: / pega o trem, pega o metro ... (ininteligível)
M46: É muito legal! olha ... Tem os brinquedos pro Fernando brincar.
M46: AÍ o Fernando vai brincar tanto, [ que vai até cansar.
C3: [[ Mãe, Mãe...
M23: Oi?
C3: Olha aqui ó/ Olha aqui ó
M23: Gesto com a cabeça, sinal de sim. (Cinésica) : (Silêncio)
M17: Vamos parar?
C3: Não ...
M17: Não?
C3: [[ Vamos parar... ?
M17: [ No shopping/ a gente filma né?
C3: Aham (Ortografia)
M17: Então tá! (Ortografia) manda beijo.
C3: *beijo* (paralinguagem) (+) gesto de *tchau* (Cinésica)

Marcos A. Bagno - Biografia

Marcos Araújo Bagno, nasceu em 21 de agosto de 1961 em Cataguases (MG), mas viveu em diversos Estados ao longo da vida. Depois de ter morado em Salvador, em Brasília, no Rio de Janeiro,e no Recife, transferiu-se para São Paulo em 1994 , quando se tornou professor do Instituto de Letras da Universidade de Brasília (UnB), permaneceu na capital até o ano de 2002, ano em que voltou para Brasília, com o intuito de ser professor do Departamento de Linguística da Universidade de Brasília. Atuou no Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas até 2009 e tranferiu-se para o Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução.
Iniciou sua carreira de escritor ao receber o IV Prêmio Bienal Nestlé de Literatura pelo livro de contos A Invenção das Horas, em 1988. A partir desse marco vieram outras trinta obras literárias até o momento e inúmeros prêmios, incluindo "Jõao de Barro"(literatura infantil, 1988) e "Carlos Drummond de Andrade"(poesia, 1989).
Em seus livros no campo da linguística, dedicou-se às críticas com relação ao ensino nos moldes tradicionais, baseado somente na gramática normativa e imbuído de preconceitos sociais.
A luta de Bagno contra toda forma de exclusão social pela linguagem se tornou mais conhecida com a publicação do livro Preconceito linguístico: o que é, como se faz (Ed. Loyola, 1999), que foi um sucesso e até hoje, todo mês uma nova edição é publicada, obra amplamente utilizado nos cursos de Letras e Pedagogia de todo o Brasil.
Além de autor e professor bem sucedido, Bagno também trabalhou como tradutor e intérprete, estudou francês desde a infância e as demais línguas foram sendo adquiridas de modo autodidata. Acreditava que para ser tradutor era necessário ser um bom escritor e ter espírito pesquisador, duvidando do que parece "diáfano" demais ao traduzir. Seu histórico conta com mais de 50 livros traduzidos do inglês, do espanhol, do italiano e do francês.

A Língua de Eulália (Resenha)


    "A Língua de Eulália" é uma novela escrita pelo sociolinguista Marcos Bagno. Relata a história de três jovens universitárias, Vera, Silvia e Emília, que vão passar uma temporada no sítio da professora Irene, tia de Vera. Eulália é a empregada e amiga da família.
    Nesta obra o autor expõe, de maneira didática, ramificações da linguística abordando a Sociolinguística, a Fonética, a Morfologia e outras. Bagno relata e rompe preconceitos e mitos relacionados à lingua, procurando mostrar que o uso de uma linguagem diferente nem sempre pode ser considerada um 'erro de português'.
    Partindo da cena em que Silvia e Emília zombam do Português de Eulália, supondo que ao falar palavras como 'probrema' ou 'frósfro', que aliás, grande parte da população também fala, ela não poderia ser uma pessoa sábia, Bagno inicia uma discussão sobre língua padrão, não padrão e variedades linguísticas, enfatizando que a fala de Eulália não é errada, apesar de diferente.A Língua Portuguesa passou por muitos processos que justificam tais variedades e que o preconceito linguístico - descrito pelo mesmo autor em "Preconceito Linguístico: O que é e Como se Faz" - é o maior dos mitos e suas graves consequências se revelam principalmente no ensino, já que as escolas e os professores não consideram a multiplicidade da língua e até traumatizam e atrofiam a relação dos alunos com a língua, impondo a norma padrão culta como suprema.
    Não existe uma língua homogênea, existem diversas maneiras de se falar uma língua e todas essas maneiras precisam ser respeitadas.
    Bagno faz descrições simples e objetivas da língua não padrão, sem nunca combater o português padrão, mas defendendo que esta variedade não deve ser tratada como a única correta, oprimindo e estigmatizando os falantes de outras variedades. Demonstra que com informação e conhecimento do funcionamento da língua, pode-se combater os mitos e preconceitos.

Gêneros Textuais (Trabalho)


Os gêneros

Gêneros são composições estruturadas de maneira específica, de acordo com o seu uso social.
No mundo, há infinitos tipos de gêneros;alguns fazem parte de nosso contexto social e, por isso,reconhecemos facilmente, ao passo que há outros que só passamos a conhecer a partir do momento em que ampliamos o nosso conhecimento de mundo.
Os gêneros são mutáveis, ou seja, com o passar do tempo alguns gêneros deixam de existir, como,por exemplo, as novelas de rádio eo romance folhetim; enovos gêneros surgem, como o email, as novelas da tv, chats na internet.Isso ocorre devido às mudanças das necessidades comunicativas das sociedades.
Cada gênero tem suas características particulares e uma configuração física específica, um padrão a ser seguido. Assim,da mesma forma que temos as variações linguísticas-que mudam de acordo com a situação, idade, local etc-a linguagem usada nos diferentes gêneros também irávariar conforme o contexto e a dinâmica social, o que reflete os diferentes usos da língua.
 Para Bakhtinos gêneros incorporam uma perspectiva social e interacional. Eleos define com base em três características:conteúdo temático(conteúdo característico de um gênero),estilo(o modo de dizer, ou seja, os recursos utilizados pelo autor do texto) e construção composicional(forma e estrutura do texto,estabelecidas de acordo com o gênero).



1 - Notícia
  

Reino Unido registra leve queda em taxa de desemprego

DA FRANCE PRESSE, EM LONDRES

  O índice de desemprego registrou uma queda de 0,1% no Reino Unido, a 8,2%, no primeiro trimestre do ano, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira.
   O retrocesso foi de 0,1% na comparação com o período dezembro-fevereiro, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS).
   O número total de desempregados caiu 45.000 no mesmo período, a 2,63 milhões, o que representa o mínimo desde o verão de 2011.
   Entre os jovens de 16 a 24 anos, a faixa etária mais afetada, a redução foi de 17.000, mas 1,02 milhão de pessoas continuam sem emprego.
(Fonte:http://www.folha.uol.com.br/ - Acessado em 16/05/2012 -12h40)

Conteúdo temático: a notícia traz informações dos fatos que acontecem na no país e no mundo, é um retrato da realidade. São formadas por textos objetivos, sucintos, sem muitos adjetivos ou opiniões.
Estilo: a linguagem usada nessa notícia é apenas verbal, porém há notícias que utilizam imagem também, portanto linguagem não verbal.
Construção composicional: possuem a manchete em destaque, com letras maiores e em negrito. Na internet, são formadas por textos corridos inteiros, já nos jornais costumam aparecer em colunas.

2 - Resenha Científica

Estratégias de intervenção psicopedagógica em sala de aula
"O professor afetivo é aquele que em premissa maior, acalanta o baú cheio de conhecimento adquirido na informalidade do seu educando e conduz a uma aprendizagem significativa em seu cotidiano escolar".
Roberto Giancaterino 


Em crianças há uma tendência de ocorrerem vários problemas emocionais ao mesmo tempo. De modo geral, 40% a 70% das crianças e adolescentes com depressão sofrem de outros problemas emocionais diagnosticáveis. Entre 20% e 50% experimentam dois ou mais distúrbios além da depressão (Joffey, 2003).
A identificação e o diagnóstico visam detectar as características do potencial de aprendizagem da criança. Não numa dimensão convencional, tautológica ou estática, pelo contrário a finalidade da identificação e do diagnóstico é refletir o inventário das aquisições e capacidades adaptáveis, a flexibilidade e a plasticidade das competências de cada criança (Fonseca, 1995).
No passado, quando uma criança passava por momentos difíceis, depressão, a pessoa que costumava auxiliá-la não era um profissional treinado na orientação infantil. Hoje em dia, muitos profissionais poderão ajudá-la. No caso de depressão infantil, a identificação e o diagnóstico facilitarão a adoção de programas reabilitativos e educacionais, objetivando a alteração do comportamento da criança, auxiliando-a no retorno a sua vida normal. Também auxiliarão nas constantes interações entre o observador e o observado, no caso professor-aluno. (...)
O psicopedagogo, em conjunto com o professor, deverá formular o objetivo visando satisfazer as necessidades da criança depressiva de uma forma planificada, e não acidental. Na planificação das tarefas, o professor deverá considerar o perfil intra-individual da criança, de forma a proporcionar um esforço do seu eu. (...)
                             (Fonte: http://artigocientifico.uol.com.br/artigos/?mnu=1&smnu=5&artigo=2870 - Acessado em 16/05/2012 -  12h52)

Conteúdo temático: pesquisa que apresenta estudos científicos e opinião do autor.
Estilo: a linguagem usada é apenas verbal.
Construção composicional:texto corrido com o tema da pesquisa em destaque e comentário reflexivo do autor em texto itálico destacado.

 3 - Entrevista

Entrevista Interativa: Pasquale Cipro Neto

O uso do "gerundismo" é tão comum quanto criticado. Seu uso é mesmo incorreto?
O problema é que existe uma distorção em relação a isso. Há pessoas que analisam mal a questão e dizem que a construção em si, “verbo ir + verbo estar + gerúndio”, é errada, e não é. A construção em si existe, é da língua. O que há de equivocado é o caso específico do uso numa situação que não mostra um fato simultâneo a outro. Como, por exemplo, “você tem que estar pegando uma senha”. Esse uso é horrível! Porque ninguém tem que “estar pegando uma senha”, tem que “pegar uma senha”. Pegar é uma coisa imediata, pontual. A mesma coisa vale para “vou estar enviando um fax”. Oras, enviar um fax é apertar um botão! Mas “nessa hora vou estar dormindo” é perfeitamente possível. Ou “enquanto você estiver trabalhando, eu estarei dando aula”. A interseção temporal é significativa. É uma coisa que tem uma duração, um processo.
(...)
 Qual a melhor postura para a escola adotar diante do novo acordo? Como lidar com as avaliações, por exemplo?
É preciso ter calma. O acordo ainda não foi digerido completamente, nem as editoras o fizeram direito. Há muita precipitação, muita obra que saiu com problemas. Há interpretações diversas das regras, especificamente em relação ao hífen. É preciso esperar que a Academia Brasileira de Letras publique o vocabulário — que vai ser arbitrário, porque vai depender da interpretação arbitrária dos lexicógrafos da academia. Por exemplo, já se sabe que o prefixo “re” vai aparecer sem hífen quando vier com palavras que comecem com “e”, mas o texto oficial do acordo não diz isso. É uma interpretação livre, subjetiva, que eu acho até melhor do que se o acordo fosse interpretado ao pé da letra. Há questões já muito bem definidas, como o alfabeto. Com isso, a escola já pode contar. Mas é importante não se desesperar. É preciso discutir com calma e com clareza com os alunos, explicar que ainda há problemas.
 (...)
 Você acha que o novo acordo terá algum impacto sobre o jeito como falamos?
De jeito nenhum. A não ser que algumas pessoas comecem a pronunciar “linguiça”! É bobagem, porque é só uma questão gráfica.
 A justificativa para a implementação do novo acordo ortográfico no Brasil é a do fortalecimento do idioma no cenário internacional, promovendo a integração dos países que o têm como idioma oficial. Na sua opinião, essa justificativa faz sentido?
Não. Um dos itens que também mencionam é que, nas tratativas internacionais, a duplicidade gráfica se torna um obstáculo. Eu não vejo assim. Afinal, quantos documentos Brasil e Portugal produzem em conjunto? Poucos. Não acredito que um brasileiro tenha dificuldades para ler Saramago no original por causa do “p” mudo de “adopção”. Da mesma forma que o português não terá dificuldades para entender Machado de Assis. Não acredito nisso. Acho um argumento fraco. Até entendo que, idealmente, é interessante a ideia de uma unidade gráfica, mas não como um fato, como algo que deva ser buscado a qualquer preço. Eu falo muito da relação custo-benefício. Se houver mesmo um benefício, tem um custo muito alto. O custo é esse que nós estamos vendo. Essa balbúrdia. Essa coisa de publicações que vão ter que ser revistas, que trazem a tarja “de acordo com o acordo”, mas que, na verdade, não estão bem de acordo com o acordo, porque ele é muito duvidoso.

Conteúdo temático: a entrevista tem como tema perguntas e respostas, e no caso, várias pessoas diferentes fazendo as perguntas.
Estilo:a linguagem usada é apenas verbal.
Construção composicional:a entrevistas é composta por perguntas seguidas de respostas eas perguntas estão destacadas em negrito.


4 - Charge
A Charge é composta de linguagem verbal e não verbal. Geralmente com teor humorístico e, ao mesmo tempo, crítico.


(Fonte: http://amarildocharge.wordpress.com/ - Acessado em 16/05/2012 14h08)

Conteúdo temático: a charges possui como tema a ironia e o humor, fazendo uma crítica ao momento atual econômico e uma paródia a um importante acontecimento da nossa política.
Estilo:linguagem verbal e não verbal.
Construção composicional:elas são formadas por um quadrinho com duas sequências de imagens, lado a lado.


5 - História em Quadrinho
Gênero história em quadrinho: sequência de quadrinhos, linguagem verbal e não verbal.


Conteúdo temático: a história em quadrinhos tem como tema o humor, retrata de forma lúdica e engraçada algo que pode acontecer no dia a dia.
Estilo: linguagem verbal e não verbal.
Construção composicional:a HQ é constituída de uma sequencia de quadrinhos um ao lado do outro, com continuação nas linhas debaixo. Trata-se de uma história curta, de apenas 10  quadrinhos.

A Língua e Suas Variações

     Conceito de Língua

Existem diversas maneiras de explicar o conceito de língua. Teoricamente, para Saussure, ela é um sistema de signos convencionados. Os signossão o conjunto designificado e significante.
O significante é a imagem acústica da palavra, o “som”; exemplo: pato. O significado é o conceito, à que o significante se refere; no exemplo, o animal branco, com bico, que faz “qué”.
Na prática, a língua é o conjunto de palavras e expressões que um povo usa para se comunicar.E assim como as pessoas e seu modo de falar, a língua está em constante mudança, é viva, sempre se reinventando.
Aqui no Brasil, a língua oficial é a Língua Portuguesa, falada pela maioria dos brasileiros-algumas tribos indígenas falam sua própria língua.
Apesar de falarmos a mesma língua, podemos reparar que existem diversas formas de falar, ainda mais em um país com a extensão territorial do Brasil.Cada grupo social fala de um jeito característico, de acordo com o lugar em que mora, sua classe social, idade, sexo e até a profissão que exerce.Tal diversidade recebe o nome de Variação Linguística.
Há inúmeros tipos de variação, veja alguns exemplos:
        
Geográfica
   A Variação Geográfica é a forma como a língua se diferencia em termos de pronúncia, vocabulário, sotaque, de acordo com a região à qual o falante pertence. Devido à grande extensão territorial do Brasil, temos muitas diferenças regionais.



Histórica
  A Variação Histórica é a mudança que a língua apresenta ao longo do tempo, com o passar dos anos.

Exemplo:

Erasmo Carlos- 1965                                                                 

Vejam só que Festa de Arromba!                   
(Bapára!)
No outro dia, eu fui parar...
 (...)
Lá fora um corre corre
dos brotos do lugar:
Era o Ed Wilson
que acabava de chegar!
Que onda!
Que festa de arromba!...

Michel Teló- 2011
  
Sábado na balada
A galera começou a dançar
E passou a menina mais linda
Tomei coragem e comecei a falar...
 (...)


Classes Sociais 
A Variação por Classes Sociais compreendem todas as modificações da língua de acordo com o nível econômico, social e cultural do faltante.



Faixa Etária 
A Variação por Faixa Etária refere-se às diferentes formas de falar de acordo com a idade da pessoa, já que viveram em épocas diferentes e, consequentemente, com linguagens variadas e termos próprios.


Grupos Sociais (Jargão e Gíria)

Jargão: É o uso de termos peculiares a um grupo profissional específico, como de professores, advogados, veterinários, médicos etc.
Exemplo: Jargões da Internet

Hashtag (#): facilita as buscas para determinado assunto. Ex: #copadomundo

Reply: quando você responde para alguém

Spam: mensagem enviada a muitas pessoas de uma só vez e que, geralmente, você não pediu para receber.

Trollar: é o ato de zoar, tirar sarro de alguém na Internet.


 Gíria: A Gíria é a linguagem popular própria de um determinado grupo social.

       Exemplo: gírias do grupo de surfistas.

 

360º: manobra em que o surfista executa uma volta completa em torno de si mesmo, com sua prancha, e continua na mesma direção.
Aloha: saudação havaiana de boas vindas.
Back side: quando o surfista pega onda posicionando-se de costas para ela.
Big rider: surfista que é bom e gosta de pegar ondas grandes.
Flat: mar liso, sem ondas.
Caldo: Quando o surfista cai da prancha.

Sexo  

A Variação linguística por sexo é aquela determinada pelo sexo da pessoa. As mulheres são mais afetuosas, delicadas, usam palavras no diminutivo. Já os homens não. Veja os respectivos exemplos abaixo:


Mulher: “Owwn, bebê mais lindo e fofinho da madrinha”
Homem: “Ahh moleque, como tá grandão,hein?”
  

Modalidade: Oral e Escrita
        A Variação de modalidade é a diferença do jeito que se fala e do jeito que se escreve. 
Na modalidade oral, falamos mais espontaneamente, por impulso e com maior liberdade e, por isso, acabamos não pronunciando todas as palavras igualmente da forma que são escritas.
Já na modalidade escrita, temos que tomar o cuidado de escrever as palavras da forma como foram definidas. Assim, qualquer pessoa, de todos os lugares do Brasil, conseguirá entender.

Exemplo:

Antes de terminar a Escola Normal, eu trabalhava numa livraria. Um dia, um senhor entrou na loja, se dirigiu a mim no balcão e perguntou: “Aqui tem orelhão?” 


Eu respondi: “Não, mas logo ali na esquina tem.” Pensava que ele queria telefonar. O freguês olhou para mim, sorrindo, e explicou: “Não. Não é oreião. É o Orelhão, aquele dicionário grande”. Só então euentendi que ele queria comprar um “Aurelião”, quer dizer, o dicionário do Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira em formato grande...


Registro  
A Variação de Registro é mudança que fazemos em nossa fala ou escrita, dependendo da situação que estamos e com quem falamos.
      Se for um momento mais formal, como uma entrevista de emprego ou a redação de um requerimento, portaremo-nos de uma forma mais séria e comportada.

 Exemplos:

Formal: Vemos seu uso, por exemplo no Email.

       Boa Tarde, Paula.

A peça que sua equipe me enviou não está de acordo com o briefing que eu havia passado. Peço, por gentileza, que criem uma nova versão.
           
            Atenciosamente,
            Tomás.
           

InformalVemos seu uso, por exemplo no Bilhete.

 Ju, o cliente não aprovou a peça.
To na minha sala, liga no meu ramal quando voltar do almoço.
Bj, Paula


Padrão  
A Variação padrão é a variedade da língua com maior prestígio social, aquela usada em revistas, jornais, usadas no escritório, em uma entrevista de emprego, redações, concursos etc.
Veja esse exemplo. Uma declaração da presidente Dilma Rousseff à revista Veja. Obviamente a única maneira aceita para uma pessoa com essa posição, é a norma culta.

“O exercício da Presidência da República é mais trabalhoso do que prazeroso, porque não dá tempo de desfrutar. Só descanso mesmo quando me recolho ao meu quarto para ler. Sem leitura a vida fica mais difícil. Estou lendo o segundo volume de A Construção Nacional, de José Murilo de Carvalho”

Imagine um discurso da maneira que ela fala em casa?

“Putz, esse negócio de sê presidente dá mó trabalho, cansa mais do que você aproveita, porque não dá tempo. Só relaxo mesmo quando vô pro meu quarto ficar lendo. Se a gente não lê, a vida fica mais difícil ainda. Agora eu tô lendo aquele livro da Construção Nacional, do José Murilo de Carvalho”

           
E Preconceito Linguístico?Já ouviu falar?

O preconceito é uma opinião formada antes de se ter conhecimentos adequados sobre alguma coisa. É manifestado, na maioria das vezes, na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou estranhos. O preconceitosocial,racial e sexual, são as formas mais conhecidas de preconceito.
Outro tipo de preconceito que ganhou, recentemente, bastante espaço nos meios de comunicação é o Linguístico. O livro didático “Por uma Vida Melhor”, da Professora Heloísa Ramos, de 2011,diverge opiniões pelo país e é motivo de debate. Observe o trecho abaixo:
“ 'Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado'. Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar ‘os livro?’.’ Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico.” 
O preconceito linguístico é todo e qualquer tipo de menosprezo, deboche e exclusão que se faz a alguém pelo seu modo de falar “diferente”, sua variação linguística.
Ou seja, todos aqueles exemplos de variação citados anteriormente mostram como as pessoas- dependendo de onde moram, da situação em que se encontram, da idade etc- possuem formas diferentes de falar, que divergem da variação padrão. Assim, por ir de encontro da chamada “norma culta”, os falantes são passíveis a sofrer este tipo de preconceito, ponto defendido pela Professora. 


quarta-feira, 16 de maio de 2012

As cidades Invisíveis (Resumo)


As Cidades Invisíveis
 
O viajante veneziano descreve para o imperador Kublai Khan as cidades que visitara. O desejo de Khan é montar o império "perfeito" a partir dos relatos que ouve. São lugares imaginários e sempre com nomes de mulheres: Pentesileia, Cecília, Leônia.
Os relatos são feitos por pequenos temas, como: as cidades e a memória, as cidades delgadas, as cidades e as trocas, as cidades e os mortos, as cidades e o céu.
O viajante vê em cada nova cidade todas as outras em que já esteve, como, todas as descrições são possíveis a partir de um único lugar, para e onde cada palavra se volta ansiosa por reencontrar sua origem.
Kublai Khan faz de o veneziano, o seu “telescópio”, como instrumento que o facilita de ver as maravilhas de todo seu império. Por se sentir triste ao não poder ver com seus próprios olhos toda extensão de seus domínios.
Nele, Italo Calvino mostra também fatos possíveis e imagina um diálogo fantástico entre o maior viajante de todos os tempos e o famoso imperador dos tártaros.
O primeiro, viajante infinito, que através de símbolos e palavras é capaz de criar mentalmente infinitas cidades para satisfazer a curiosidade de Khan.
O segundo é soberano de um vasto império, que sofre com os limites da idade avançada e a falta de limites do mundo, e busca medicamentos que o alivia das dores.
Nas descrições de Polo ele nota:

“Jamais se deve confundir uma cidade com o discurso que a descreve”.